Conheça dez espécies típicas da fauna e da flora de Curitiba

A Semana do Meio Ambiente foi aberta oficialmente na última segunda-feira (5/6), Dia Mundial do Meio Ambiente. Na programação da Prefeitura para a ocasião, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente apresentou uma exposição de ações e projetos no calçadão da Rua XV de Novembro. A mostra apresentou a Trilha da Biodiversidade, com a vegetação e a fauna da cidade representada por animais taxidermizados do Museu de História Natural do Capão da Imbuia.

Conheça algumas espécies típicas da fauna e da flora de Curitiba

Pinheiro do Paraná – Araucária (Araucaria angustifolia)

Também conhecida como pinheiro do Paraná, a Araucária é um símbolo do Estado e pode ser encontrada em quase todo o território. Seu nome genérico deriva de Arauco, uma região do Chile, e seu nome específico é uma palavra latina significando “folha estreita”. Foi muito explorada no século 19, devido a sua madeira possuir alto valor econômico bem como os frutos, o pinhão, chegando quase a extinção.

Os exemplares mais antigos podem chegar a 30 metros. Algumas Araucárias encontradas no Parque Barigui e no bosque do Capão da Imbuia têm cerca de 300 anos.

Grimpeirinho (Leptasthenura setaria)

O pássaro Grimpeirinho é um símbolo de Curitiba e recebe este nome porque gosta e necessita viver entre as grimpas das Araucárias. Mais encontrado nas florestas, ele também vive nas cidades, desde que ali haja esse tipo de árvore. Trata-se de um dos únicos casos, dentre todas as aves do mundo, onde um pássaro depende quase que exclusivamente de uma única espécie de planta.

O Grimpeirinho pode ser visto em quase todos os parques da cidade, sempre entre as espinhentas ramagens do pinheiro onde se abriga e constrói ninho. Sua alimentação é basicamente à base de insetos.

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Juvevê – Mamica-de-cadela (Zanthoxylum rhoifolium)

Seu nome comum, Juvevê, deriva da palavra “Yubebã”, que na língua tupi significa espinho chato ou rio do fruto espinhoso. É uma árvore de pequeno a médio porte, de seis a 12 metros de altura, com muitos espinhos no tronco e nas folhas, longos e afiados.

É geralmente encontrada em áreas próximas a rios e bosques da cidade. O bairro Juvevê ganhou este nome porque havia várias árvores desta espécie nas proximidades do rio de mesmo nome que cruza a região. Alguns exemplares podem ser vistos na Praça da Espanha.

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Bugio (Alouatta guariba) 

Esse pequeno macaco é típico da nossa região e alimenta-se de folhas, flores, frutos, pinhões e brotos. Gosta de viver em áreas florestadas, geralmente permanecendo no topo das árvores, em grupos de até 12 indivíduos. Por comerem uma grande quantidade de folhas, passam grande parte do dia descansando.

Não podem ser confundidos com os macacos que aparecem no Parque Barigui, que são de uma outra espécie, nativa do Nordeste brasileiro. O bugio pode ser encontrado no Parque Náutico.

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Erva-mate (Ilex paraguariensis)

O nome científico foi dado em 1820 pelo botânico francês Auguste de Saint-Hilaire após conhecer a planta no Paraguai. Depois, descobriu que era na região do Paraná que a erva crescia em maior quantidade e qualidade. A erva-mate manteve-se como principal produto paranaense durante o período da Emancipação Política (1853), chegando a representar 85% da economia estadual.

É uma árvore de pequeno porte, chegando a, no máximo, oito metros de altura. Em Curitiba, pode ser encontrada em alguns quintais e bosques e em grande quantidade no Parque dos Tropeiros, na CIC.

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Cutia (Dasyprocta azarae)

A cutia é um roedor que se alimenta de sementes, frutos e plantas. Esta alimentação é fundamental para a manutenção das Florestas com Araucária, pois a cutia enterra os pinhões para comer depois e acaba deixando alguns, que vão se tornar belas árvores. Quando se alimentam, utilizam os pés anteriores e ficam sentadas sobre as patas posteriores.

As cutias costumam viver em áreas florestadas e podem ser vistas no Jardim Botânico e Parque do Capão da Imbuia.

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Manacá (Brunfelsia pauciflora)

A Lei nº 6324 do ano de 1982 instituiu a flor do Manacá como símbolo de Curitiba. A planta cresce em forma de arbusto alcançando 1,5 metro. Seu nome popular deriva da palavra tupi manacán, que faz alusão a uma jovem de rara beleza. A comparação acontece por causa de suas flores, muito vistosas e de cores fortes.

Sua floração acontece nos meses de setembro a novembro. As flores têm um perfume delicado e por isso o arbusto também é chamado de Manacá de Cheiro. Está presente em quase toda a cidade, com destaque no Jardim Botânico.

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Serelepe (Guerlinguetus ingrami)

O serelepe é o esquilo brasileiro. O pequeno roedor é bastante ágil e tem apenas 30cm de altura. Seus dentes nunca param de crescer, uma adaptação para conseguir o principal alimento, que está dentro dos coquinhos bem duros, que precisam ser roídos. Seu cardápio também inclui o coqueiro-jerivá, tucum, palmito, butiá e pinhões.

Gostam de áreas com florestas e árvores e podem ser vistos nos parques Lago Azul, Bacacheri, Barreirinha, Barigui e Tingui e no Bosque Portugal.

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Imbuia (Ocotea porosa)

Esta árvore de grande porte pode chegar a 25 metros de altura e deu nome a um importante bairro da cidade. Devido à exploração depredatória de sua madeira nobre, hoje integra a Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, publicada pelo Ministério do Meio Ambiente. Existem relatos de que no Parque Capão da Imbuia exista uma árvore desta espécie que tenha cerca de mil anos, porém este fato é não é confirmado, sendo uma idade mais apropriada de cerca de 200 a 300 anos.

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Gralha-azul (Cyanocorax caeruleus)

Um clássico da nossa terra e símbolo do Paraná, segundo a Lei Estadual n. 7957 de 1984. A gralha-azul vive em grupos familiares de até sete indivíduos. A ave se destaca pela sua inteligência e é bastante comunicativa, podendo emitir mais de 20 sons diferentes.

Durante o ciclo do pinhão, as sementes da araucária se transformam em sua principal fonte de alimento. Por isso, a ave é uma das grandes disseminadoras da planta, o que lhe rendeu um status folclórico. Também come ovos, filhotes de aves menores, insetos e de vários tipos de sementes e frutas.

Pode ser vista no Parque Barreirinha.

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Extraído de SMMA Curitiba

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