O crescimento do consumo de energia solar no Brasil vem se consolidando. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o número de geradores solares cresceu 407% em 2016 em comparação a 2015. Esse crescimento se deve principalmente pelo barateamento do custo dos painéis e surgimento de linhas de financiamento, e tem atraído a atenção de indústrias no país. Somente em Santa Catarina, no Vale do Itajaí, a empresa Tek Energy, voltada a soluções em energia solar, triplicou o número de instalações realizadas em 2017 em relação ao ano anterior.
É o caso da Steigleider, da cidade de Itajaí, indústria têxtil catarinense, que investiu recentemente R$295 mil em amplo sistema de geração de energia, que contempla 227 módulos de painéis fotovoltaicos, feitos de silício policristalino, material que se destaca pelo menor custo de aquisição, pela leveza e facilidade na aplicação em telhados. Nesse projeto, mais um diferencial foi a aquisição, por parte da empresa, de nova linha de financiamento através de cooperativa de crédito (Sicoob) que viabilizou uma aplicação sem desencaixe financeiro, ou seja, a parcela ficou no mesmo valor do abatimento na conta de luz.
“No seu primeiro mês de funcionamento, o sistema de geração de energia solar do projeto gerou cerca de 6000 kW/h. Durante a alta temporada de verão, essa média deve subir para 9000 kW/h, suficiente para sustentar todo o consumo atual da indústria. É o equivalente ao consumo médio mensal de 30 residências brasileiras”, explica Douglas Salgado, diretor comercial da Tek Energy, responsável pela revenda e instalações dos painéis da Steigleider.
“Além disso, em pouco mais de um mês, todos os módulos reduziram cerca de uma tonelada de CO2 na atmosfera terrestre, o que corresponde ao plantio de quatro árvores. Essa tecnologia deve impactar ainda mais o meio ambiente de forma positiva conforme o tempo de utilização”, avalia Salgado.
O retorno do investimento desse projeto deverá acontecer em aproximadamente cinco anos. No entanto, considerando fatores como o reajuste recente em 13,86% no valor da energia elétrica em Santa Catarina, esse prazo deve ser reduzido continuamente.
Com a iminente isenção em Santa Catarina da cobrança do imposto ICMS para autogeração de energia elétrica, inclusive solar, o custo do consumo da indústria itajaiense deve ter uma redução de aproximadamente 95% ao longo dos próximos meses. Isso só tende a contribuir para o aumento gradativo da lucratividade, bem como, para o desenvolvimento do setor como um todo.
Extraído de Rmai.com.br