Segundo o Indicador de Eficiência Energética de 2018 (Energy Efficiency Indicator – EEI), divulgado anualmente pela Johnson Controls, 59% das organizações globais planejam aumentar seus investimentos em soluções para o desenvolvimento de edifícios inteligentes em 2019.
A pesquisa iniciada em 2007 e atualizada anualmente, monitora o crescimento dos indicadores relacionados ao planejamento de investimentos, seus principais motivadores e os obstáculos para a melhoria da eficiência energética nas instalações.
Durante a última década, as medidas tradicionais de eficiência energética – como melhorias no equipamento HVAC e atualizações de iluminação – tornaram-se mesa de apostas para muitas organizações. Hoje, as organizações consideram a economia nos custos de energia, redução da pegada de gases de efeito estufa e o aumento da segurança energética como investimentos extremamente importantes, o que estimula o crescimento em energia verde e edifícios sustentáveis.
Edifícios inteligentes impulsionam o investimento futuro
As melhorias nos controles de aquecimento, ventilação e ar-condicionado, foram citadas como o investimento mais popular nos próximos 12 meses entre as organizações globais, com 62% dos entrevistados planejando implementar essa medida em 2019. O maior aumento identificado na pesquisa foi o de investimentos em integração do sistema, que sofreu um aumento de 23% nos entrevistados que planejam investir em 2019, quando comparado ao resultado de 2018. Segundo o vice-presidente de sustentabilidade global da Johnson Controls, Clay Nesler, “as organizações estão mais interessadas do que nunca em alavancar tecnologias de eficiência energética, armazenamento de energia e geração distribuída para fornecer edifícios mais inteligentes, seguros e sustentáveis”.
Devido aos incidentes climáticos cada vez mais graves em todo o mundo, os resultados do EEI 2018 também destacam um foco global crescente em integração de sistemas de segurança e incêndio, o resultado representa 49% das organizações. Um terço das organizações dos EUA e globais (32% e 33%, respectivamente) acredita que a capacidade de manter operações críticas durante eventos climáticos extremos ou interrupções de energia prolongadas é extremamente importante quando se considera o futuro energético e investe em infraestrutura de edifícios.
Cerca da metade das organizações dos EUA e do mundo (54% e 50%, respectivamente) são extremamente ou muito propensas a ter uma ou mais instalações capazes de operar fora da rede nos próximos dez anos, um aumento de 10% nos EUA comparado ao ano passado. Globalmente, os planos para investir em geração de energia distribuída, armazenamento de energia elétrica e renováveis no local também aumentaram ano a ano.
Apesar da pesquisa de 2018 não divulgar informações do mercado brasileiro, o gerente geral da Johnson Controls no Brasil, Waldemar Scudeller Jr., afirma que “temos identificado um crescimento nos investimentos deste setor no Brasil. As organizações têm investido uma porcentagem considerável em controle dos seus equipamentos e em sistemas integrados, para uma economia de recursos naturais e diminuição dos custos com energia”.
2008 x 2018: maior interesse e investimento em edifícios sustentáveis
A análise dos resultados da pesquisa anual de 2008 a 2018 revelou mudanças drásticas nos objetivos, ações e investimentos de eficiência energética ao longo da última década.
Em 2008, pouquíssimos entrevistados (8%) tinham quaisquer edifícios verdes certificados e apenas um terço (34%) planejava certificar novos projetos de construção a um padrão verde reconhecido. Este ano, 14% das organizações globais obtiveram certificação voluntária de construção ecológica para pelo menos uma de suas instalações e 44% planejam fazer no futuro.
Em 2008, menos de um terço dos entrevistados (30%) acreditavam que os prédios verdes seriam muito importantes para atrair e reter futuros funcionários, mas, em 2018, 51% das organizações do mundo, estão dispostas a pagar um ágio para locar espaço em um edifício verde certificado.
Todos estes dados comparados demonstram o crescimento não apenas em investimentos, mas na conscientização para desenvolver edifícios inteligentes, incluindo a integração de sistemas, juntamente com o gerenciamento de energia e processos, ações que trarão benefícios para os recursos naturais e auxilia na segurança das pessoas que frequentam estas construções.
Extraído de Rmai.com.br