Por Ruy Fontes
Uma tecnologia que permite gerar a sua própria energia elétrica, economizar até 95% na conta de luz, se proteger contra a inflação energética e, ainda, que valoriza e agrega sustentabilidade ao seu imóvel.
Essas são algumas das principais e irresistíveis vantagens que atraem os brasileiros para os sistemas de energia solar fotovoltaica, os quais se espalham, principalmente, entre os telhados das casas do país.
Com 39 mil sistemas instalados atualmente, a tecnologia domina o segmento de geração distribuída, no qual a energia é produzida pela própria pessoa, próximo ou no próprio local onde a consome.
Essa expansão começou em 2012, quando a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) estabeleceu as regras do segmento através da Resolução Normativa 482, incentivando a auto geração por meio de fontes de energia renováveis e sustentáveis.
Os sistemas, que tinham seus principais equipamentos e/ou componentes importados, como as células e as placas fotovoltaicas, inicialmente possuíam um alto valor de investimento, o que limitava seu acesso às classes mais altas.
Felizmente, a realidade hoje é outra, e com a popularização mundial da tecnologia fotovoltaica veio uma forte queda de mais de 75% em seus custos ao longo da última década.
Um sistema de energia solar residencial de pequeno porte, por exemplo, pode sair por cerca de R$15 mil, enquanto um de médio porte fica em torno de R$25 mil, ambos abaixo do valor do carro 0 KM mais barato vendido no Brasil.
Para aqueles que ainda podem dizer que o valor é caro, vale lembrar que um sistema desse traz um enorme retorno financeiro na conta de luz durante toda a sua vida útil de 25 anos.
Mas, além da redução do custo, um outro fator também recente tem permitido a mais pessoas realizarem esse sonho: as linhas de financiamento de energia solar.
Por meio do repasse de fundos de financiamento do governo, ou mesmo por iniciativa própria, diversos bancos oferecem crédito para a aquisição e instalação dos sistemas, sejam eles públicos ou privados.
Muitas dessas linhas apresentam taxas e prazos bem atrativos que, as vezes, possibilitam parcelas no mesmo valor que a economia obtida com a redução na conta de luz.
Ou seja, uma vez que essas linhas financiam 100% do projeto, o interessado pode acabar instalando e usufruindo do sistema quase sem desembolso nenhum de sua parte.
E o melhor, com a longa vida útil dos sistemas, mesmo um financiamento de 10 anos ainda deixa tempo para a pessoa economizar na conta de luz mesmo após o término do pagamento.
O Santander é um desses bancos que oferecem crédito para energia solar, e trabalha com duas linhas específicas para os interessados em adotar a tecnologia.
Uma delas é a linha sustentabilidade, que o banco oferece para pessoas físicas e jurídicas através das próprias empresas de energia solar, que ficam responsáveis por toda a solicitação do crédito para o interessado.
Os juros são oferecidos a partir de 1% ao mês, com prazo de até 60 meses, e para se candidatar ao crédito basta que a pessoa solicite o orçamento de energia solar do seu sistema junto a empresa.
Anunciada no último mês de agosto, a Santander CDC é a segunda linha oferecida pela instituição e, diferente da primeira, nesta o interessado deve procurar a sua agência para solicitar o crédito.
A linha atende ambos clientes (CPF e CNPJ), assim como produtores do campo que desejam investir em seu negócio com a energia solar rural.
Para PF e PJ, os juros são a partir de 0,99% ao mês para o prazo de até 36 vezes, e de 1,08% para prazo de até 48 vezes (pessoa física) e até 60 vezes (pessoa jurídica).
Já os interessados do meio rural contam com taxa de 1,12% ao mês para prazo de até 48 vezes. Ao todo, o banco anunciou que irá disponibilizar R$400 milhões em crédito para energia solar.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 24/01/2019